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A Escola que conecta
Denise SefrinDiretora do Senac Caxias do Sul
15/03/24
Educacional

Não há desenvolvimento sem aprendizagem. A vida humana está profundamente associada à percepção de que precisamos explorar nossas sensações e ideias para gerar novos conhecimentos. E por isto mesmo, é um contra senso estipular um único espaço físico, com horários e processos rígidos para que a aprendizagem ocorra. É necessário abrir portas e janelas para a aprendizagem e convidá-la a inundar nosso dia a dia, em todos os momentos e em todos os lugares, para que possamos vivenciar o prazer de descobrir, de pensar, refletir, analisar, concluir e defender pontos de vista.

No tecido complexo da sociedade moderna, destaca-se a Escola que se apresenta como um espaço de convergência de experiências pessoais, onde as múltiplas dimensões da aprendizagem se entrelaçam para formar uma rede multidimensional, sensorial e interativa. Através deste modelo, toda a sua comunidade – de forma sistêmica, desenvolvem habilidades essenciais para navegar neste mundo em constante transformação.

Para que a Escola assuma esse papel, é preciso pressupor que a Educação é um processo de vida – permanente e contínuo, e não apenas, uma preparação estática e momentânea para uma função determinada. A Escola deve refletir o cotidiano, ser real e necessária para o aluno como sua casa, seu trabalho, sua comunidade. Ela extrapola a formação técnica, trazendo a vivência real e lidando com emoções, e sobretudo, com as oportunidades.

A aprendizagem, quando vista como uma rede, reflete a interconexão entre diferentes áreas de conhecimento e experiências – é a transversalidade. Ela transcende a linearidade, permitindo que os alunos explorem e façam conexões entre conceitos aparentemente distintos. Na escola, essa abordagem contemporânea e não linear da educação é essencial para estimular a criatividade, o pensamento crítico, o empreendedorismo e a resolução de problemas.

Esta é uma forma de não permitir que a desatenção das pessoas e, até mesmo, preconceitos e crenças limitantes impactem negativamente na ação cotidiana, invisibilizando o reconhecimento da importância da aprendizagem para a mudança de realidade. Somente a aprendizagem permite a mudança. E a Escola pode tornar-se relevante neste processo, se considerar as experiências pessoais para tornar a teoria uma prática com sentido.