A juventude periférica está cada vez mais presente no mercado de trabalho brasileiro, trazendo consigo um novo modelo de determinação, resiliência e criatividade. Esses jovens da Geração Z, oriundos das classes C e D, enfrentam realidades financeiras e sociais que os tornam ainda mais conscientes das necessidades e dos desafios do mercado atual.
Muitas pessoas me perguntam, quando trago informações sobre a geração Z, como ela se relaciona com o mercado. Para entendermos, antes de tudo, precisamos compreender que uma geração inteira não poderia ser analisada de forma comum e coletiva. Cada núcleo tem suas particularidades, identidades e identificações.
Para os jovens da periferia, a visão de trabalho vai além da estabilidade financeira — para eles, trabalhar significa construir um futuro próspero, buscando oportunidades que respeitem sua realidade e os ajudem a progredir. A seguir, compartilho três aspectos sobre o comportamento geracional desse grupo que partilha de características tão necessárias para o mercado atual:
1) Resiliência e Adaptabilidade: Enfrentando barreiras e limitações financeiras, esses jovens desenvolvem habilidades de adaptação e resolução de problemas desde cedo, características que fortalecem o ambiente corporativo e fazem a diferença nas equipes;
2) Espírito Empreendedor: Sem um caminho direto para o mercado formal, muitos jovens periféricos criam suas próprias oportunidades, iniciando pequenos negócios e aproveitando as redes sociais para alcançar clientes e divulgar seu trabalho. Com isso, chegam ao mercado com experiência e valiosa capacidade de inovação;
3) Busca por qualificação rápida e prática: Conscientes das exigências do mercado, eles investem em cursos técnicos e em habilidades digitais que lhes permitam não apenas ingressar, mas crescer nas suas carreiras.