A inclusão educacional vai além do conteúdo das aulas e envolve acolhimento, sensibilidade e uma rede de apoio bem estruturada. Ao promover ambientes de aprendizagem que respeitam as particularidades de cada aluno, instituições de ensino não apenas garantem o acesso ao conhecimento, como também fomentam o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e profissionais. Um exemplo disso é a história de Matheus Parodi, aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que se formou no curso de Produção Multimídia do UniSenac – Campus Porto Alegre.
De acordo com a orientadora educacional, Dülly Günther, o estudante teve uma trajetória desafiadora, especialmente por ter cursado parte da graduação durante a pandemia. No entanto, através da parceria da escola com a família e profissionais de saúde, todas as barreiras foram superadas. “A inclusão é sempre um desafio, por isso destacamos que ao acolher o aluno com suas necessidades específicas, crescemos e aprendemos muito mais do que ensinamos”, afirma.
A educadora explica que o Centro Universitário esteve comprometido em oferecer um suporte abrangente e personalizado para o estudante, incluindo capacitações para docentes e comunidade escolar e alinhamento da metodologia de ensino com a família, psicólogo e psiquiatra. Além disso, foram feitas “adaptações de pequeno e médio porte, como ampliação de prazos de entrega, redução e adaptação de avaliações e metodologias, pois em muitos momentos foram realizadas orientações individuais e explicações utilizando seu hiper foco”.
Para a mãe de Matheus, Denise Parodi, a formatura traz orgulho e gratidão. “Do início do curso à cerimônia de colação de grau, meu filho foi sempre atendido, ou melhor, acolhido pelo setor pedagógico. Sendo acompanhado por um profissional, nós sempre tínhamos notícias sobre o seu progresso e o apoio nas horas mais difíceis. Isso não é só profissionalismo, é humanidade”, expressa.
Dülly ressalta que através da educação é possível visualizar o quanto alguém é capaz de impactar a vida do próximo e ser impactado por ele também. Ela comenta ainda, que apenas uma semana após a formatura, Matheus retornou à instituição para se matricular em um novo curso de graduação.
A história de Matheus é um testemunho de como a inclusão, feita com dedicação e empatia, pode transformar vidas.