Vender é vender, você não acha? Quem vende uma coisa vende qualquer coisa, em qualquer lugar e para qualquer pessoa, certo? Vender é algo que não muda. Em 1970 já se vendia e hoje é igualzinho. Será?

Com toda certeza, não! Vender é uma tarefa que sempre teve certo status dentro das organizações, já que é neste setor que estão os responsáveis por garantir a entrada de recursos por meio do atendimento, da argumentação, da aplicação de técnicas para convencer o cliente a comprar produtos e serviços. Não apenas isso, mas o time de vendas muitas vezes é "a cara" da empresa para o cliente. Essa “cara” é a representação da imagem da empresa como um todo, as percepções do cliente sobre a marca, os demais colaboradores, os produtos, serviços e até a gestão, muitas vezes, se formam a partir da relação que se cria entre o vendedor e o cliente.

Outro ponto bem importante é que muita gente esquece que vender é um processo e não uma ação. Como assim? Vender como processo é agradável e fideliza. Nem sempre que o cliente entra em contato ou faz uma visita ele compra, mas ele sempre sai satisfeito com o atendimento, a informação, etc. Empresas e vendedores preocupados em evitar o “NÃO” e vender a qualquer custo acabam muitas vezes ganhando a venda do dia, mas perdendo o cliente no longo prazo, já que ele nem comprou o que queria ou foi atendido da melhor forma.

Enfim, vender em 2022 gera ainda mais uma preocupação. Enquanto há décadas se contratava um vendedor pensando em um perfil extrovertido e falante, hoje, o vendedor precisa ouvir mais do que falar. O cliente de hoje não quer perder tempo, ele é informado, então, para ser objetivo e assertivo, o vendedor precisa ser observador, detalhista e um excelente ouvinte. Nem vamos tratar aqui da importância de ter conhecimento do produto, da empresa ou conhecer canais digitais de comunicação, pois isso se tornaria redundante. Enfim, depois de tudo isso, vender é fácil em 2022?