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Boas práticas na assistência: uma visão multiprofissional
Kissi TarocoEnfermeira Assistencial e Docente Senac Saúde
24/05/23
Educacional

Em virtude da segurança do paciente, foi desenvolvido, planejado e executado as 10 boas práticas assistenciais. Como sabemos, as práticas são um dever de todos e isso qualifica e dá seguridade do serviço desenvolvido na assistência. Com o que já está em prática e com o que podemos melhorar, vejo que a educação continuada é a chave para a reciclagem e treinamento da equipe.

A maioria das instituições hospitalares, hoje de assistência, enfermeiros e técnicos de enfermagem, fazem parte das instituições como contratados, e a equipe médica, a maioria, são prestadores de serviço. Vejo que nesse quesito de execução das boas práticas há uma falha na execução, pois não temos os prestadores de serviços como parte dos colaboradores, dessa forma não fazem parte da educação continuada das instituições.

Na assistência da equipe de enfermagem, se ocorreu uma falha, organizamos um treinamento e explicamos em prática como deve ser realizado. Ex.: paramentação adequada, limpeza e organização da sala cirúrgica. Quando ocorre com a equipe médica. Ex.: a entrevista pré-operatória anestésica não foi realizada corretamente, equipe de sala cirúrgica não separou os insumos/equipamentos necessários devido à falta de informação, e se na hora necessitamos destes insumos/equipamentos específicos, dependendo do tempo para organização, estamos colocando nosso paciente em risco. Não temos treinamento para esse tipo de ocorrência, pois não está instituído, deveríamos treinar toda a equipe para evitar esse tipo de situação, equipe cirúrgica, enfermagem.

Conforme artigo, “Cirurgia segura: análise da adesão do protocolo por médicos e possível impacto na segurança do paciente, Silva Pedro et al”. https://www.scielo.br/j/rcbc/a/3FKWx9FGQLHt5PWGBqXZ87F/?format=pdf&lang=pt,  “apesar de grande parte dos cirurgiões ter contato com o protocolo durante a graduação, quando questionados se possuíam algum treinamento ou atualização sobre ele, nos hospitais, a maioria negou. Tal situação, mostra a necessidade de atividades que construam ambiente que dissemine a cultura da segurança do paciente, bem como a necessidade de atualizar e
treinar os médicos sobre o uso do protocolo, reafirmando a PNSP e contribuindo para a concretização dos Desafios Globais (Cirurgia Segura Salva Vidas) da OMS, do Ministério da Saúde e da Anvisa.”

Minha sugestão para melhoria nas boas práticas assistenciais é que haja mais treinamento e simulações realísticas para todos os membros e colaboradores da assistência, independentemente de vínculo com a instituições e formação.