Nesse dia 7 de abril, comemoramos o Dia Internacional da Saúde, que tem como objetivo conscientizar a população sobre os aspetos relacionados aos hábitos de vida que influenciam na nossa saúde e qualidade de vida.
VOCÊ SABE O QUE É SAÚDE?
Segundo a Organização mundial da saúde (OMS), saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”.
Dessa forma, entendemos que saúde engloba muito mais que um corpo sem uma doença, ela abrange aspectos multifatoriais da vida do indivíduo, tais como os campos biológico, psicológico e social.
O QUE FAZER PARA TER SAUDE?
Para nos aproximarmos desse conceito ampliado de saúde, devemos dar uma maior importância à adoção de hábitos saudáveis. Parece óbvio não é mesmo? Mas você sabia que uma alimentação balanceada, ingesta hídrica adequada, prática de atividades físicas regulares, sono e repouso adequados, podemos evitar a maioria das doenças que acometem a população mundial?
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), são uma classe de doenças que se caracterizam por um conjunto de patologias de múltiplas causas e fatores de risco, possuem ainda longos períodos de latência e curso prolongado (BRASIL, 2022). Ou seja, na maioria das vezes são causadas pelas nossas escolhas diárias, nossos hábitos de vida, inicialmente não apresentam sintomas e vão se instalando e se desenvolvendo lentamente.
As DCNT são a maior causa de morte do mundo, sendo responsáveis por 74% dos óbitos em todo o mundo equivalente a 41 milhões de mortes por ano. Essas condições são impactadas por uma combinação de fatores evitáveis, como tabagismo, alimentação inadequada, consumo abusivo de álcool, sedentarismo e poluição do ar (HALLAL PC,, et all, 2023).
Em 2023 foi lançado a segunda edição da Covitel, um estudo nacional que avalia o impacto dos hábitos de vida dos brasileiros fatores e os fatores de risco para doenças crônicas. A pesquisa traz informações sobre prática de atividade física, hábitos alimentares, saúde mental, estado de saúde, prevalências de hipertensão arterial e diabetes, consumo de álcool, tabagismo e poluição do ar.
A pesquisa destacou uma piora nos hábitos de saúde, especialmente entre as pessoas mais jovens, na faixa etária entre 18 e 24 anos. Os pesquisadores identificaram que 40,3% estão com excesso de peso. A obesidade aumentou 90% nesta faixa etária – de 9% para 17,1%; 31,6% já receberam diagnóstico médico de ansiedade e 14,1%, de depressão; 32,6% relataram episódio de consumo abusivo de álcool. Além disso, são as pessoas que menos consomem frutas, verduras e legumes e os que mais consomem refrigerantes e sucos artificiais (HALLAL PC, 2023).
Nesse contexto, retomando que saúde não se resume apenas a ausência de doenças, mas sim a uma condição de equilíbrio entre o sujeito e os microambientes que o constituem, devemos ter consciência das nossas escolhas entendendo o impacto do nosso estilo de vida no desenvolvimento das DCNT, esse é o primeiro passo para a mudança dos nossos hábitos, na busca pela saúde nos campos bio-psico-social.
REFERENCIAS
HALLAL PC, ROCHA ACCA, SARDINHA LMV, BARROS AJD, WEHRMEISTER FC. Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel): aspectos metodológicos. Cadernos de Saúde Pública 2023; 39(9):e00248922 doi: 10.1590/0102-311XPT248922.
BRASIL. Ministério da Saúde. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. [Internet]. Ministério da Saúde; 2011. p. 148. Disponível em: www.saude.gov.br/bvs
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, Vigitel 2019. Brasília, DF; 2020. Disponível em: www.saude.gov.br/svs.
WHO/FAO. Diet, nutrition and the prevention of chronic diseases. Global status report on noncommunicable diseases 2010 [Internet]. Geneva.: World Health Organization; 2011 p. 176. Disponível em: http://www.who.int/nmh/publications/ncd_report2010/en/.
