Início
Artigos
Museologia como estratégia de posicionamento
Matheus Vecchio Jornalista, graduado em marketing e docente do Senac Tech
28/05/25
Educação

Em tempos de excesso informacional e superficialidade visual, destacar-se requer mais do que criatividade: é preciso ter conteúdo, contexto e coerência. Para isso, construir um repertório sólido se torna indispensável — especialmente para quem trabalha com marcas, produtos, comunicação ou experiências. É nesse ponto que a museologia ganha protagonismo, não apenas como ponte com a memória e a cultura, mas como estratégia para se posicionar com clareza e criar com identidade.


Como ciência, a museologia organiza e interpreta coleções, conectando objetos ao seu tempo e impacto simbólico. Como ferramenta estratégica, é um laboratório de referências que dialoga com branding e comunicação. Philip Kotler afirma: "marca forte é a que ocupa um espaço único na mente do consumidor". Já Arthur Bender reforça: "posicionamento é percepção — exige autoconhecimento e repertório".


A museologia oferece esse repertório simbólico e estético. Não se trata de inspiração visual, mas de entender símbolos, seus significados e usos históricos. Um museu de ciência pode inspirar inovação; o de arte, sensibilidade estética; o histórico, coleções com alma; o etnográfico, ancestralidade e autenticidade.


Assim como um curador seleciona obras, um estrategista precisa escolher símbolos com critério. Isso só acontece com bagagem cultural. Posicionar-se bem é saber de onde se fala. Nessa travessia, o museu deixa de ser contemplação e se torna laboratório vivo de branding e identidade.


Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.