No mês em que comemoramos o Dia do Escritor, em 25 de julho, destacam-se não apenas aqueles que publicam livros, mas também os que transformam palavras em pontes para o conhecimento. No UniSenac – Campus Porto Alegre, alguns professores vivem essa dualidade: educadores que também se dedicam à arte da escrita e compartilham, em primeira pessoa, o que significa ser escritor, e como essa vocação influencia sua prática docente.

“Ser escritora é tentar contribuir, de alguma forma, na geração de conhecimento e/ou na tentativa de compartilhar ideias desconhecidas ou pouco exploradas, porém relevantes. É ser curiosa e reflexiva, incentivando outras pessoas a agirem da mesma forma. Meu último texto publicado foi um capítulo de um livro em que abordamos o ensino de design de moda sustentável na UFRGS, algo que poucas pessoas conhecem, mas que carrega um pioneirismo importante na área do ensino, onde eu atuo”, por Debora Idalgo Marques - professora do curso de Design de Moda no UniSenac Campus Porto Alegre e autora, juntamente com Marcos da Costa Braga e Jocelise Jacques de Jacques, do capítulo "O Ensino formal de sustentabilidade na área da moda no PG Design da UFRGS" do livro "História do Design no Rio Grande do Sul II", organizado por Marcos da Costa Braga e Maria do Carmo Gonçalves Curtis.

"Ser escritor é compartilhar um pouco das suas pesquisas, dos seus achados, das suas dúvidas, aprendizados, descobertas. É dividir parte da sua trajetória, compartilhar as entrelinhas do cotidiano. É transformar o silêncio em palavra escrita e reflexão. É questionar novos cenários e novos pressupostos. É dar potência à imaginação. Penso que ser escritor é expandir a sua alma e a essência do que é estar vivo", por Fabrizzia Bocaccio Cinel Lacerda - professora do ensino superior há 25 anos, está há 9 anos no Senac é coordenadora do curso de graduação em Produção Multimídia do UniSenac desde 2023 e autora do capítulo III "Construção digital: documentos e arte" do livro "Ciberespaço: um Hipertexto com Pierre Lévy", organizado por Nize Maria Campos Pellanda e Eduardo Campos Pellanda.

"Ser escritor, para mim, é ação, é projetar futuros em palavras com a mesma intencionalidade com que desenhamos soluções em sala de aula e no mercado de trabalho. É transformar perguntas inquietas — vindas da prática profissional e da pesquisa acadêmica — em narrativas que desafiam o status quo, articulam pessoas e abrem espaço para novas possibilidades de inovação e sentido", por Marcelo Vianna Batista - docente e pró-reitor de Pesquisa, Extensão e Pós-Graduação do UniSenac – Campus Porto Alegre, autor do capítulo “Compreendendo as Competências do Briefing a partir da Teoria Ator-Rede” no livro "Métodos, Processos e Práticas em Design Estratégico", organizado por Gustavo Severo de Borba, Carolina Wiedemann Chaves, Keyla Copes Rodrigues e Marcia Santos da Silva, e co-autor do livro em preparação “Design Porvir: uma metodologia para previsões futuras – Mapeamento das áreas do design para compreender cenários futuros".

"Há escritores que expressam arte através de palavras, permitindo que nossas emoções transbordem e nos deixem sonhar além dos limites. Há escritores que contam histórias, nos apresentam personagens e nos levam a lugares incríveis sem que precisemos sair do aconchego de nossas casas. Há escritores que nos trazem conteúdos relevantes e notícias acuradas sobre todos os assuntos possíveis, nos deixando a par do que ocorre por perto ou à distância. Há escritores que ajudam a tornar nossas experiências digitais mais intuitivas e amigáveis, nos conectando a diferentes oportunidades no mundo on-line. Há escritores que transformam pesquisa científica em conhecimento, nos permitindo aumentar nosso entendimento sobre as coisas diversas do mundo. Ser escritor é compartilhar o que nos faz vibrar e abrir um universo de possibilidades aos mais diferentes interesses e momentos de vida dos leitores", por Melissa Streck - professora dos cursos de pós-graduação do UniSenac – Campus Porto Alegre e co-autora do livro "Gerações 60+: experiência com interfaces do usuário na era da mobilidade digital", fruto de sua pesquisa de doutorado.