Adaptar-se ao novo cenário mundial não é um convite, é uma questão de sobrevivência
por Rosito Zepenfeld Borges - Bombeiro Civil ? Engenheiro Florestal e de Segurança do Trabalho
“Lives”, “home office”, OMS, distanciamento social. Não são expressões novas, mas que passaram a fazer parte do cotidiano em 2020. Mudanças de hábitos agora já incorporadas a nossa rotina: aumentar a frequência de lavagem das mãos, usar máscara, passar álcool em gel, limpar os produtos vindos do mercado, trocar de roupa ao entrar em casa. O ser humano, na condição de um ser vivo que consegue modificar o ambiente que o cerca a seu favor, atingiu esse ápice na conquista do ambiente terrestre graças a uma característica: capacidade de adaptação.
Charles Robert Darwin foi um naturalista britânico, talvez um dos mais célebres cientistas da história da humanidade, e nos deixou como legado a teoria da evolução baseada na seleção natural, através do seu livro publicado em 1859 – A Origem das Espécies. Darwin enfrentou muita resistência aos seus pensamentos, pois suas ideias revolucionárias confrontavam os parâmetros vigentes da época. Até hoje, quase dois séculos após a publicação de seus estudos, suas premissas ainda são mal interpretadas. Uma delas é que o mais forte sobrevive. Não é o mais forte, nem o mais rápido, é o mais apto. Aquele que consegue se adaptar. Em determinadas situações pode ser o mais forte, em outras pode ser o mais rápido, mas sempre aquele que está mais adaptado às situações de adversidade impostas pelo ambiente. O ambiente é o fator de seleção.
Como Darwin analisaria a situação em que estamos vivendo se pudesse estar conosco neste momento? Claramente sofremos uma mudança do ambiente. Com um vírus circulando, todo lugar parece ser perigoso. E mudanças ambientais exercem um forte efeito de seleção. Neste momento, volta a velha máxima: Os mais aptos sobrevivem! Não os mais fortes, não os mais rápidos, mas os mais aptos.
Mas o que é ser o mais apto nesse momento de pandemia? Aqueles que entenderam que o comportamento mudou, estão verdadeiramente se mostrando mais aptos. A probabilidade de contrair a doença diminui, logo, aumentando suas chances de sobrevivência. Levando ao mundo da economia, o pressuposto também é válido. Não é o que tem o melhor currículo, mais cursos de qualificação ou capacidade de investimento que sobrevive, mas o mais apto. Ou seja, aqueles que entenderam que existem novas tendências no mercado, novos nichos a serem explorados e uma nova forma de relacionamento com os clientes estão no caminho da adaptação. Muitas dessas ações deixarão de ser tendências e serão incluídas no mundo corporativo. Nunca o conceito de inovação se fez tão necessário. Esse texto foi escrito do meu “home office”, após higienizar as mãos com álcool em gel e com distanciamento social adequado de familiares e amigos.
Rosito Zepenfeld Borges
Orientador Educacional Profissional C
Bombeiro Civil – Engenheiro Florestal e de Segurança do Trabalho